A sociedade brasileira, multicultural e intercultural, também sofre das doenças sociais preconceituosas, contudo, não chega a ser xenófoba, entretanto, ataca o psicológico de vários de seus integrantes.
O povo brasileiro tem uma alegria nata onde no domingo pode-se comer carne assada, macarrão e refrigerante barato bem geladinho e está tudo bem, somos felizes. Isso não basta para os mais abastados que rotulam esse feliz da carne assada com macarrão de pobre!
Pobre em que? Ele só precisa de menos para sentir-se feliz. E os mais abastados? Precisam de sempre mais para satisfazerem-se efemeramente e por mais que o capitalismo lhes dê tudo o que seu dinheiro pode comprar, sempre estão infelizes e quanto mais infelizes, são birrentos e caem numa inércia que os levam à depressão, culpando tudo e todos por seu fracasso humano, todavia, nunca encaram-se verdadeiramente como são, um poço de preconceito e de sentimentos de superioridade!
Superiores a quem ou ao que?
Nega-se que somos parte da mesma sociedade multicultural, misturada, contudo, nunca se ouviu a biologia e medicina divulgarem em seus estudos que o corpo humano do chamado pobre seja diferente do rico e que dinheiro compre realmente saúde. Tantos chamados pobres que com dinheiro ficam iguais aos ricos...digamos, mais arrumados, mais do que provado está de que todos bem arrumados cheiram a ricos?! Então temos algo em comum, todos temos um corpo humano.
A estratificação por classes sociais é algo interessante ao sistema dominante, o qual não importa ser capitalista, socialista, comunista, diz para que CONSUMA!
O remédio mais barato e eficaz para essa digamos, ilusão, ainda é a educação. Não aquela que o governo nos dá....aquela que compramos em planos prontos em colégios, mas aquela de casa, do amigo, do vizinho, daquele de boa vontade que te ensina a ser um pouco melhor a medida que você passa pela vida dele e você o ensina a ser um pouco melhor quando alguém passa por sua vida. A escola está assumindo um papel que não é dela, seria da família e as famílias não chegam a ser formar e quando formadas são frágeis, logo quebram e se quebram, cada um quer viver ao máximo sua vida, esquecendo uma criança no meio desse flagelo.
"Children see, children do!"
Somos crianças grandes fazendo pirraça pelo que não temos ou não conseguimos tão facilmente e quando vamos assumir o papel principal de nossas vidas?
Ter e ser são verbos diferentes em qualquer língua e felicidade não está embutida no verbo TER definitivamente.
Convite: vamos nos alegrar com o que chamamos de simples e deixar de rotular? Isso já seria um alívio e uma grande felicidade.
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