Aos alunos da disciplina Direito Internacional (Público e Privado) em seus respectivos focos:
DIP - A influência dos tratados internacionais
DIPriv - Nacionalidade e Cidadania
Filme de Sandra Kogut. A autora busca um passaporte húngaro devido seus antepassados serem húngaros e terem imigrado para o Brasil em 1937, período anterior à Segunda Guerra Mundial. No desenrolar da trama percebe-se que os avós de Sandra eram judeus e que havia uma recomendação por meio de circular secreta no Brasil para que os consulados rejeitassem o desembarque de judeus no país, obstáculo que transpuseram com "dinheiro" no porto de Recife. A saga mostra de os nomes judaicos foram mudados para nomes alemães pelo poder imperial, depois com o florescer da Primeira Guerra Mundial e da Segunda, portanto, quantos de nós carregamos sangue judaico? Segundo o filme, os poderosos comunistas tinha origem judaica e por isso proibiam que judeus buscassem seu verdadeiro nome em sua linha genealógica. O cemitério israelita, os livros do arquivo nacional brasileiro, o simples ritual de honra aos antepassados judeus, o conflito de identidade dos imigrantes em território brasileiro, as multiculturas e a determinação da húngara que telefonou à Embaixada Húngara demonstram segredos "correndo" as nossas barbas! Interessante ver idosos na Europa, integrados a sua cidadania, cultos e informados. Outra reflexão necessária é a intervenção das Liga das Nações e depois Nações Unidas quanto aos tratados internacionais elaborados por sujeitos de direito internacional que buscavam a harmonia do globo, mas que "partiu" a URSS transformando nacionalidades e cidadanias. A burocracia do consulado francês, húngaro e brasileiro na desconexão de informações e retardamento do processo para obtenção de um passaporte húngaro demonstra que a burocracia está no globo e não apenas no território brasileiro como pensam nosso nacionais. Enfim, são análises críticas quanto a nossa própria história, a da humanidade, críticas estas quanto ao Direito, aqui no ramo internacional e além de público e privado, dos direitos humanos.
Assistir novamente é preciso! Refletir sempre!