Os
direitos humanos e o valor humano
A
julgar pelos últimos acontecimentos mundiais, a Organização das Nações Unidas
(ONU) em suas sucessivas reuniões, não teve o poder de frear os ataques
israelenses.
A
humanidade assiste estarrecida a guerra entre os povos palestinos e
israelenses. Justificam-se nas religiões e na posse do território de Gaza,
entretanto de maneira alguma ceifar vidas valerá qualquer vitória.
Leis
internacionais não surtem efeito quanto à proteção dos direitos humanos, sequer
com relação ao direito à vida e integridade física de civis, os quais deveriam
ser tutelados pelos Estados em confronto.
Questões
econômicas e estratégias geopolíticas são colocadas sobre o valor da vida
humana, assim como foram em todas as guerras no transcurso da História.
Judeus
reclamam após 60 anos as vítimas do holocausto, entretanto, sacrificam os
palestinos, os quais não estão lutando em condições de igualdade.
Terrorismo
não é islamismo e o Hamás, considerado grupo extremista, não representa todos
os palestinos. A ONU reconheceu o status de observador à Palestina e para o bem
de toda sociedade civil, essa decisão deve ser respeitada.
A
repetição de mantras de desigualdade, de justiça por meio de guerras, de
submissão e a falta de tolerância constroem uma a sociedade amedrontada pelo
binômio “guerra e paz”.
A
luta pelo poder leva os governos desses povos à arrogância de pretender possuir
a verdade mais que ela mesma. A multiculturalidade na qual a sociedade
internacional está sedimentada não pode ser o gatilho a ceifar os direitos
fundamentais dos cidadãos.
Nesta
data uma escola mantida pela ONU na Palestina foi atingida e em tese, Israel
foi o detentor do ataque. A questão é: Ao que parece todos os ocupantes dessa
escola não estavam guerreando e sim acampados e dormindo no local mantido por
uma organização que visa a paz e a autodeterminação dos povos como um dos
objetivos principais. Por que foram atacados?
Nenhum
de nós está a salvo das ações dos detentores do poder no planeta. Isso está claramente
perceptível. O Brasil recebeu o rótulo de “anão diplomático” pelo diplomata
israelense. O que significamos para eles? O que a sociedade internacional vale?
Não
há apelo governamental a ser feito a esse respeito. Há leis internacionais que
devem ser cumpridas. Os cidadãos aguardam seus governos pronunciarem-se a favor
da humanidade, seja na área política e ou econômica, decisões urgem a serem
tomadas.
Essa
devastação humana não cessará com a submissão dos palestinos, outros povos
serão dizimados pela conveniência e oportunidade dos governos que tomarem esse
rumo como meta de ocupação geopolítica.
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