São tantos sinais, uns clarificados, outros tampouco. Às vezes me pergunto o que estou fazendo aqui!
Qual o propósito e o que estou buscando?
Quando encontro alguma resposta ou me recordo dos meus propósitos, acabo por ver que meus problemas são pequenos ou apenas existem em um rasgo do tempo linear. Eles não vivem no tempo da vida. Eles vivem nos limites do tempo que mortifica e amordaça.
Fazer para os outros e outras é a resposta que devolve um pagamento incalculável porque é fluência da vida, quem manda pagar, não depende das pessoas, direitos, humores nem sentimentos. É sempre entre você e sua consciência, se preferir, entre você e o divino.
Trabalhar por vontade própria, tecendo futuros, criando caminhos, abrindo portas, colocando janelas, construindo pontes, vencendo as armadilhas, indo dia a dia, construindo um casulo, para depois rompê-lo!
As amigas fizeram uma escora para meus passos esses dias. Umas como mãe, outras como irmãs, sustentando minhas dúvidas, desconfianças e debelando o medo. Amigas de sempre, de ontem e de hoje. Todas vieram somar com um retalhinho!
Concluí! Estou para fazer por nós, onde muitas já passaram fazendo. Construir uma sociedade para as mulheres dentro de um mundo de homens é quebrar paradigmas com firmeza e suavidade, é mostrar que não queremos tudo para nós, mas sair da invisibilidade, não mais aparecer com o corpo apenas, mas como pessoa.
Não significa que deixaremos de amar, de cuidar, mas que teremos como indivíduo, o direito de escolha respeitado. Alguns chamam de feminismo, outros menosprezam e malgradam, contudo essas agruras demonstram que o caminho é certo porque não há harmonia nele pelos conceitos patriarcais plantados, impostos e sedimentados, onde qualquer agitação das ondas causa alvoroço.
Sosseguem! Fazemos por nós, por nossos direitos e respeito, para isso reconhecemos e respeitamos o direito do próximo, não pelas imposições legais, contudo pelo reconhecimento antropológico de ser humano para ser humano.
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